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quinta-feira, 31 de julho de 2014

AFINAL, AVEIA TEM GLÚTEN OU NÃO TEM?



Autor: Alweyd Tesser
Texto publicado na Revista Nutritotal
26/06/2014

Não. O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio e cevada. Já a aveia possui outro tipo de proteína chamada de avenina. Entretanto, a aveia é normalmente cultivada no mesmo terreno que esses grãos em um processo chamado de rotação, onde em uma temporada é plantada a aveia, na outra o trigo, depois o centeio e depois a aveia novamente. O sistema de rotação é uma das melhores maneiras de manter a terra naturalmente fértil, mas esse processo pode deixar para trás algumas sementes de centeio, cevada ou trigo que levam à contaminação da plantação de aveia pelo glúten.

Devido a essas formas de contaminação a maior parte das aveias comercializadas no Brasil contém traços de glúten e não podem ser certificadas como livres de glúten.

Alguns estudos já demonstraram a segurança do consumo de aveia em dietas livres de glúten e recentemente em um estudo publicado na revista Nutrients, pesquisadores acompanharam durante oito anos 106 adultos com doença celíaca que foram divididos em 2 grupos: um grupo consumiu 20g de aveia todos os dias e um grupo controle não consumiu aveia. Os pesquisadores avaliaram a ingestão diária de aveia e fibras, a morfologia do intestino delgado e os sintomas gastrintestinais. Os autores observaram que aqueles que consumiram aveia apresentaram uma ingestão de fibras significativamente maior do que aqueles que não consumiram e que o consumo de aveia, em curto e longo prazo, não danificou as vilosidades da mucosa intestinal. Por isso, foi concluído que o consumo de aveia em longo prazo por essa população não gerou efeitos prejudiciais.
Não. O glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio e cevada. Já a aveia possui outro tipo de proteína chamada de avenina. Entretanto, a aveia é normalmente cultivada no mesmo terreno que esses grãos em um processo chamado de rotação, onde em uma temporada é plantada a aveia, na outra o trigo, depois o centeio e depois a aveia novamente. O sistema de rotação é uma das melhores maneiras de manter a terra naturalmente fértil, mas esse processo pode deixar para trás algumas sementes de centeio, cevada ou trigo que levam à contaminação da plantação de aveia pelo glúten.

Devido a essas formas de contaminação a maior parte das aveias comercializadas no Brasil contém traços de glúten e não podem ser certificadas como livres de glúten.

Alguns estudos já demonstraram a segurança do consumo de aveia em dietas livres de glúten e recentemente em um estudo publicado na revista Nutrients, pesquisadores acompanharam durante oito anos 106 adultos com doença celíaca que foram divididos em 2 grupos: um grupo consumiu 20g de aveia todos os dias e um grupo controle não consumiu aveia. Os pesquisadores avaliaram a ingestão diária de aveia e fibras, a morfologia do intestino delgado e os sintomas gastrintestinais. Os autores observaram que aqueles que consumiram aveia apresentaram uma ingestão de fibras significativamente maior do que aqueles que não consumiram e que o consumo de aveia, em curto e longo prazo, não danificou as vilosidades da mucosa intestinal. Por isso, foi concluído que o consumo de aveia em longo prazo por essa população não gerou efeitos prejudiciais.

Bibliografia (s)

The University of Chicago Celiac Disease Center. Do oats contain gluten? Disponível em: http://www.cureceliacdisease.org/archives/faq/do-oats-contain-gluten . Acessado em: 23/06/2014

COMISSÃO SUL-BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA. Recomendações Tecnológicas para o Cultivo de Aveia. Passo Fundo: Gráfica e Editora UPF, 1995, 50p.

Lange E. Oat products in gluten free diet. Rocz Panstw Zakl Hig. 2007;58(1):103-9.
Richman E. The safety of oats in the dietary treatment of coeliac disease. Proc Nutr Soc. 2012;71(4):534-7

Kaukinen K, Collin P, Huhtala H, Mäki M. Long-term consumption of oats in adult celiac disease patients. Nutrients. 2013;5(11):4380-9.

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